Numa conjuntura em que o mercado automóvel em geral ainda estava a reerguer a cabeça, depois da crise da pandemia - e que agora está outra vez 'debaixo de fogo' por causa da guerra e da escalada de preços nos combustíveis, as marcas de luxo continuam a aumentar as vendas em Portugal.
O mercado é pequeno, mas a Maserati viu as suas vendas aumentarem 114% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021, quando a pandemia nos fechou a todos em casa.
De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), aquela marca de luxo comercializou 15 unidades no primeiro trimestre de 2022, contra sete no mesmo período do ano passado.
A britânica Bentley registou um crescimento mais elevado, da ordem dos 180%, mas vendeu um pouco menos. 14 carros no primeiro trimestre, contra cinco no período homólogo. A também britânica Aston Martin vendeu 12 (contra sete), num aumento de 71,4% e a italiana Ferrari vendeu oito supercarros (contra cinco no período homólogo de 2021), registando um aumento de 60%.
A Lamborghini, que tinha vendido quatro automóveis em Portugal, durante os primeiros três meses do ano passado, registou agora uma quebra de 25%, pois comercializou apenas três unidades em solo nacional.
A não menos icónica marca de superdesportivos alemã Porsche – que já não fabrica carros a diesel há três anos – viu as suas vendas crescerem 48,7% nos primeiros três meses de 2022, com 226 unidades vendidas (contra 152 no período homologo de 2021).
No campeonato dos carros elétricos, a Tesla ‘disparou’ 73,5% nas vendas, com 550 unidades comercializadas – 317 no mesmo período do ano passado.
Outro dado igualmente assinalável tem a ver com o facto de tanto a Mercedes como a BMW – que se encaixam na categoria de carros de luxo – serem as 4ª e 6ª marcas mais vendidas em Portugal, no primeiro trimestre deste ano, num ranking [geral] que continua a ser liderado pela francesa Peugeot.